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Síria. Vários mortos em atentado à bomba contra mesquita de Homs
Um engenho explosivo foi detonado no interior de uma mesquita da minoria alauíta de Homs, no oeste da Síria. O atentado fez vários mortos.
Uma explosão no interior de uma mesquita da minoria alauíta em Homs, no oeste da Síria, provocou esta sexta-feira as mortes de pelo menos cinco pessoas. O Ministério sírio da Saúde, citado pela agência estatal SANA, refere mais de duas dezenas de feridos.
"Uma explosão terrorista atingiu a Mesquita Ali Ben Abi Taleb durante as orações de sexta-feira na Rua Al-Khadri, no distrito de Wadi al-Dahab, em Homs", avançou o Ministério do Interior em comunicado.O responsável local Issam Naameh acrescentou à
Reuters que a explosão ocorreu durante as orações do meio-dia de
sexta-feira, normalmente a hora de maior movimento nas mesquitas.
A agência de notícias estatal síria SANA publicou imagens de equipas de resgate e forças de segurança a examinar os destroços espalhados pelo tapete verde da mesquita.
O Saraya Ansar al-Sunna, um grupo extremista sunita pouco conhecido, reivindicou depois a autoria do ataque, no Telegram, prometendo continuar os ataques contra "infiéis e apóstatas". O mesmo grupo já tinha reivindicado a autoria de outro ataque em junho.
O Observatório Sírio para os Direitos Humanos (SOHR), uma ONG com sede no Reino Unido e uma vasta rede de fontes na Síria, disse que ainda não era possível determinar se a explosão foi causada por um atentado suicida ou por um engenho explosivo improvisado.
O Observatório Sírio para os Direitos Humanos (SOHR), uma ONG com sede no Reino Unido e uma vasta rede de fontes na Síria, disse que ainda não era possível determinar se a explosão foi causada por um atentado suicida ou por um engenho explosivo improvisado.
A cidade de Homs, predominantemente sunita, possui diversos bairros habitados pela minoria alauíta.
É a esta minoria muçulmana que pertence o presidente Bashar al-Assad, deposto em dezembro de 2024 por uma coligação de grupos rebeldes islâmicos sunitas liderados por Ahmad al-Sharaa, atual presidente interino da Síria. Desde então, esta comunidade tem sido alvo de ataques. A Síria tem sido abalada por vários episódios de violência sectária desde que o antigo líder Bashar al-Assad, um alauita, foi deposto por uma ofensiva rebelde no ano passado e substituído por um Governo liderado por membros da maioria muçulmana sunita.
É a esta minoria muçulmana que pertence o presidente Bashar al-Assad, deposto em dezembro de 2024 por uma coligação de grupos rebeldes islâmicos sunitas liderados por Ahmad al-Sharaa, atual presidente interino da Síria. Desde então, esta comunidade tem sido alvo de ataques. A Síria tem sido abalada por vários episódios de violência sectária desde que o antigo líder Bashar al-Assad, um alauita, foi deposto por uma ofensiva rebelde no ano passado e substituído por um Governo liderado por membros da maioria muçulmana sunita.
Segundo uma comissão nacional de inquérito, pelo menos 1.426 dos seus membros foram mortos em confrontos ocorridos em março entre as forças de segurança e homens leais a Bashar al-Assad, no oeste do país.
O Observatório Sírio para os Direitos Humanos (SOHR) estimou o número de mortos em mais de 1.700, na sua maioria alauitas.
O Observatório Sírio para os Direitos Humanos (SOHR) estimou o número de mortos em mais de 1.700, na sua maioria alauitas.
No início deste mês, dois soldados norte-americanos e um intérprete civil foram mortos no centro da Síria por um atacante descrito pelas autoridades como um suspeito membro do Estado Islâmico, um grupo violento muçulmano sunita.